30.10.07
29.10.07
26.10.07
ABISMO

Verde mar
onde escondestes
meus pesares,
minhas lágrimas?
Mar azul
onde pusestes
meu sangue
desfeito em dor?
Sereia do fim do mundo
traz de volta a minha vida!
Plantado à beira da praia,
narciso cego, me perco.
da morte já sinto o cerco
teu canto cedo me chama
pr' o negro...
pr' o negro...
escrito por Angela em 06/12/02
25.10.07
24.10.07
21.10.07
19.10.07
18.10.07
14.10.07
SIMBIOS

A Luz da tarde
se desfaz em ouro
quando respiramos,
sem retorno,
o mesmo ar
o mesmo ar
que envolveu o sonho,
Hoje
sono sufocante.
O morrer da tarde
que se esvai na noite
aproxima os véus,
mortalhas destes eus
que fomos
e desfizemos em um nós.
Hoje
sono sufocante.
O morrer da tarde
que se esvai na noite
aproxima os véus,
mortalhas destes eus
que fomos
e desfizemos em um nós.
sufocando o ar,
matando os sonhos
evanescendo em negra luz,
o que jamais seremos,
mortos que estamos
mortos que estamos
de um amor sereno.
escrito por Angela em 27/04/2001
escrito por Angela em 27/04/2001
12.10.07
ESFINGE

Olha que sou sozinha
sozinha
sozinha.
Sente que estou cansada
cansada
cansada
de me olhar esfinge
sozinha
cansada
de tentar o jogo.
Usa teu dom
meu dom
teu só
nosso cansaço.
Decifra-me
Não te devoro.
Só quero que as asas
Me livrem deste deserto!
"A esfinge não é verdadeira. Verdadeiro é o medo. A esfinge é a forma que toma o nosso medo. Por isso, a verdade são os sentimentos. A verdade é a consciência da morte, a consciência da solidão, a consciência da desmesura e da irrelevância de tudo, da pequenez das coisas."
Manuel António Pina
11.10.07
10.10.07
8.10.07
ETERNAMENTE, PORQUE NUNCA.

No esquecimento da lembrança eterna,
Deixei seu vulto sorrindo em meu olhar parado.
Quando fecho meus olhos, pelas noites,
você passeia esquecida pelos corredores
da saudade que me habita quando não me sei.
Um dia, o meu não ser entrará de vez nessa morada,
e estarei, pra sempre, ausente de nós duas.
Assim, perdidas, passaremos a nos ver sorrindo,
no encontro eterno destes corredores
onde os amores esquecidos vivem para sempre.
em 16/03/2002
Pelo dia seis de outubro, dedico este post a AnaMoisés, que começa a jornada e para Carmen Aguiar que já mora na lembrança eterna.