ROTINA
Quotidiária
Toda manhã
quando acorda
ela canta,
veste a blusa
sai à lida.
Todo dia
o sol levanta
a vida chama
o pássaro pia.
É todo dia
o mesmo malho
em ferro frio.
Suor na fronte
banhar a mente
fazer da lida
uma obra quente.
Rente, rente
que nem o pão.
Aquele,
de cada dia.
Nos dai hoje
senhor
em troca da alegria,
do canto do passarinho
no pranto da malha fria
da blusa que já não cobre
o corpo rente, tão frio.
Pois inverno, chuva fina,
todo dia
todo dia
todo dia...
É pobre, pobre
minha oferenda.
Perdoai senhor
a minha vida,
assim como te perdôo
essa sempre ordem
dinária, amarga, lenta,
Rotina.
Em 26/05/02 Angela Schnoor
4 Comments:
Tão lindo esse poema! Te amo tão dentro... Beijos FF.
10:31 AM
Lindo poema
12:32 PM
Fábia, também te amo, todo dia, todo dia, todo dia!
obrigada filha, um abraço cheio de calor e carinho!
11:26 PM
Eduardo, bom saber que gostou! bj. angela.
11:27 PM
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