Dia de saudade
Ricardo Antônio de Pádua Schnoor - 17/06/1949 - 24/10/1997
VIAJANTE
Minha viagem existe antes de minha vinda.
Não sou nem fico, não estou e nem serei.
Sempre me vou e jamais chego à parte alguma.
Sou o não sendo e sempre estou aonde nunca irei.
Do fogo das entranhas desta Terra,
me trouxeram rubra.
Tenho saudades das lavas
que escorrem e queimam
em minhas veias, a paixão da vida.
Do espaço infinito me buscaram,
Respiro os ares, que todos se negaram,
Mas só me encontro mesmo
em vácuos do infinito.
Esquecida em memória eterna,
Em prantos e suores onde inundo,
VIAJANTE
Minha viagem existe antes de minha vinda.
Não sou nem fico, não estou e nem serei.
Sempre me vou e jamais chego à parte alguma.
Sou o não sendo e sempre estou aonde nunca irei.
Do fogo das entranhas desta Terra,
me trouxeram rubra.
Tenho saudades das lavas
que escorrem e queimam
em minhas veias, a paixão da vida.
Do espaço infinito me buscaram,
Respiro os ares, que todos se negaram,
Mas só me encontro mesmo
em vácuos do infinito.
Esquecida em memória eterna,
Em prantos e suores onde inundo,
Das águas abissais me raptaram,
Mergulhada que estava bem no fundo.
E, emerjo das dores deste mundo,
Nesta verde Terra Mãe
onde, enfim, me semearam.
E me recubro em folhas, primavero,
Ou faço-me Verão em doces frutos.
E à espera do repouso em permanência,
Tenho sede de seios e de útero.
Em memória de querido irmão que viajou tão cedo,a minha saudade.
Em 17 de junho de 2002
Mergulhada que estava bem no fundo.
E, emerjo das dores deste mundo,
Nesta verde Terra Mãe
onde, enfim, me semearam.
E me recubro em folhas, primavero,
Ou faço-me Verão em doces frutos.
E à espera do repouso em permanência,
Tenho sede de seios e de útero.
Em memória de querido irmão que viajou tão cedo,a minha saudade.
Em 17 de junho de 2002
9 Comments:
Poema bonito e transcedental...
Não conhecia o poeta...
http://duduoliva.blog-se.com.br/blog/conteudo/home.asp?idblog=13757
10:49 AM
Como eu gostava de ter a sua força, Ursa querida.
Sim, porque em matéria de sofrimento, você ganha-me aos pontos.
E eu que me queixo tanto e ando sempre tão triste.
Faz bem olhar para o lado, de vez em quando.
Como vão os doentinhos?
As melhoras e beijinhos.
12:52 PM
Meu mano também partiu cedo... Eu só tinha 8 anos e ele 18. E ainda sinto saudades do meu mano.
4:41 PM
E não era hora ainda... e já passou tanto tempo! Beijo para Moana pequenino se encher de luz e ficar bom logo. E abraço bem apertadinho para aliviar um pouquinh o aperto feroz no coração.
4:53 PM
Dudv,
o poema é de minha autoria. Bom que gostou. bj. angela.
9:12 PM
Meiguinha querida,
as dores foram muitas mas as alegrias também são, como este seu doce carinho, e tudo vale ser vivido. Só a morte é indolor, dizem os que sabem dela.
Acho que é nos trancos da vida que a gente se fortalece.
Os doentinhos vão melhorando e pedrinho se aproximando de sua hora!
Um grande beijo da ursa.
9:16 PM
C_mim, a gente não esquece não é?
Até hoje me lembro quando chegaram da maternidade com nossos pais. Talvez por ser a mais velha, sinto falta por eles não estarem mais aqui...
9:18 PM
Arara tão querida,
a saudade não tem relógio! O tempo nada significa quando ela bate á porta, principalmente nos dias em que estaríamos felizes juntos!
Moana está ficando melhor e já volta a fazer suas caras engraçadíssimas para nossa alegria.
Gratíssima pela força e luz! beijo carinhoso da dinda.
9:22 PM
Mm, na minha lembrança prevalesce o amor e a tristeza da nossa impotência sobre a escolha dos outros. Meu dindo. Me lembro que ele me dizia que eu era a pessoa que ele mais amava e isso era importante. Ele me lembrava também o Vovô quando falava que eu estava crescendo pois logo antes do Vovô morrer ele me olhou e disse, já tem peitinhos, que lindo, vou te esculpir!
E sempre me dá uma tristeza dele não ter podido faze-lo.
Lembro de imaginar na época ele esculpindo as nuvens do céu. Beijo F.
10:10 AM
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