ADEUS AO CIGARRO
Penso...Giro...Rodopio...Experiências com fumo - Hugo,em Olhares.com
Hoje, posso escrever versos mais livres.
Escrever, por exemplo: "A noite está fresca,
e o ar entra leve em meu corpo".
O vento da noite é recebido dentro de mim e canta.
Hoje, posso escrever versos mais livres.
Eu precisei dele, e às vezes ele também me quis...
Em noites como esta eu o tive entre meus lábios.
E o traguei tantas vezes debaixo do céu infinito.
Ele me preenchia, e eu também o desejava.
Como não precisar de seu perfume e companhia.
Hoje, posso escrever versos mais livres.
Pensar que não tenho mais esta carência. Sentir que a perdi.
Respirar a noite imensa, mais imensa e pura sem ele.
E o ar cai no sangue, como as borboletas nas flores.
Que importa que minha saúde não pudesse mantê-lo.
A noite está estrelada e não dependo dele.
Isso é tudo. Ao longe alguém fuma. Ao longe.
Minha alma não se contenta tão facilmente.
Como para aproximá-lo meu olhar o procura.
Meu vazio o procura, e não o tenho comigo.
A mesma noite que traz o mesmo dia e volta o mesmo desejo.
Nós, os de então, já não somos os mesmos.
Já não o quero, é verdade, mas quanto o quis.
Minha ansiedade procurava por ele pelas madrugadas.
Outra marca.
Será que outra, não será tão danosa, como antes do meu vício?
Seu sabor, sua companhia. Minhas mãos ocupadas.
Já não o quero, é verdade, mas talvez o queira.
É tão frágil a vontade, e é tão forte a dependência.
Porque em dias e noites como esta eu o tive entre os meus lábios.
Meu hábito não se contenta por tê-lo deixado.
Ainda que este seja o último mal que ele me cause,
E estes, os últimos versos que lhe escrevo.
Escrito sobre as bases do Poema 20 de Pablo Neruda
em: Veinte poemas de amor y una canción desesperada (1924)
Por Angela Schnoor, uma brincadeira para minha querida Beatriz, com votos de sucesso na empreitada para abandonar o cigarro.
Hoje, posso escrever versos mais livres.
Escrever, por exemplo: "A noite está fresca,
e o ar entra leve em meu corpo".
O vento da noite é recebido dentro de mim e canta.
Hoje, posso escrever versos mais livres.
Eu precisei dele, e às vezes ele também me quis...
Em noites como esta eu o tive entre meus lábios.
E o traguei tantas vezes debaixo do céu infinito.
Ele me preenchia, e eu também o desejava.
Como não precisar de seu perfume e companhia.
Hoje, posso escrever versos mais livres.
Pensar que não tenho mais esta carência. Sentir que a perdi.
Respirar a noite imensa, mais imensa e pura sem ele.
E o ar cai no sangue, como as borboletas nas flores.
Que importa que minha saúde não pudesse mantê-lo.
A noite está estrelada e não dependo dele.
Isso é tudo. Ao longe alguém fuma. Ao longe.
Minha alma não se contenta tão facilmente.
Como para aproximá-lo meu olhar o procura.
Meu vazio o procura, e não o tenho comigo.
A mesma noite que traz o mesmo dia e volta o mesmo desejo.
Nós, os de então, já não somos os mesmos.
Já não o quero, é verdade, mas quanto o quis.
Minha ansiedade procurava por ele pelas madrugadas.
Outra marca.
Será que outra, não será tão danosa, como antes do meu vício?
Seu sabor, sua companhia. Minhas mãos ocupadas.
Já não o quero, é verdade, mas talvez o queira.
É tão frágil a vontade, e é tão forte a dependência.
Porque em dias e noites como esta eu o tive entre os meus lábios.
Meu hábito não se contenta por tê-lo deixado.
Ainda que este seja o último mal que ele me cause,
E estes, os últimos versos que lhe escrevo.
Escrito sobre as bases do Poema 20 de Pablo Neruda
em: Veinte poemas de amor y una canción desesperada (1924)
Por Angela Schnoor, uma brincadeira para minha querida Beatriz, com votos de sucesso na empreitada para abandonar o cigarro.
6 Comments:
Bonito!
6:05 PM
Paródia! Força, Beatriz!
Beijinhos
10:06 AM
Há cinco anos, se tivesse talento, poderia ter escrito este poema.
Foi o adeus definitivo. Ou não?
9:38 PM
Oi Dudu!
Bonito é o poema de Neruda, este é só uma brincadeira!!!
Querida 125
à época foi bem engraçado, tentei dar força à Beatriz que havia começado o processo mas... acabou retornando, infelizmente... ou não! Pois está linda e bela, saudável e feliz! tudo é tão relativo não é? Pra mim, o cigarro era uma morte em vida, será que é para todos?
J.G.
O talento é de Neruda sobre o qual adaptei o abandono ao vício. O meu, de fato, foi largar o cigarro em 1994! Quantos anos fazem? já esqueci e acabo, neste instante a reclamar da fumaça e do cheiro pois alguém acendeu um destes aqui ao lado, e já estou sofrendo de tosse e aflição!
Quanto à Beatriz, voltou a fumar...
12:59 AM
Vim deixar votos de um excelente Natal e que 2008 te traga tudo de bom
beijocas
12:14 PM
Querido Mocho!
Obrigada pelos votos. Te desejo tudo de melhor e vou te visitar em seu cantinho. bj.
3:40 PM
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