Um tapete.
Para a linda arara azul que tanto conhece os vôos da alma, e merece tudo de bom que houver nesta vida. Hoje, em seu dia de aniversário, e em todos os demais. Pintura de Vasnetsov, Viktor Mikailovich - O Tapete Voador de Baba Yaga - 1880
________Um Tapete_________
Nem sei quantos vazios de sonhos aconteceram neste tempo.
Nada brotava do solo estéril de um deserto sem oásis.
Algumas miragens, por certo, só aumentaram a sede e a desesperança.
Naquele domingo, o sol acreditou que era seu o dia e uma bela luz trouxe o cavalo branco de volta.
Sob seus pés, um tapete mágico preencheu o solo árido com sonhos e uma aragem fresca começou a cantar em seus ouvidos.
Bem devagar, como um sedento toma o líquido que o nutre e salva, ela vai ouvindo histórias de viver e de sonhar e os vazios vão sendo tecidos mansamente.
Algumas cores vão delineando a margem que sustenta o bordado e a morte se afasta, sentindo-se perdida em tanta cor nascente.
Serão mil noites? Mil dias? Mil sonhos? Não mais importa.
O tempo não é mais espera e sim o ritmo da vida que retoma e tece possibilidades de um renascer.
Escrito por Angela Schnoor
5 Comments:
Gostei.
12:07 AM
Obrigada pela constãncia amiga, Dudu!
12:13 AM
Querida Dinda! E mereço eu tamanha inspiração? Mil dias, mil sonhos, um tapete que me leve até vocês. Já neste Natal, se os céus forem generosos...
Beijinhos e gratidão imensa.
5:09 AM
Este comentário foi removido pelo autor.
12:00 AM
125_azul
Só colhemos o que plantamos, de um modo ou de outro, sempre penso que mereces tudo!
Oh! então Papai noel existe!!! De Tapete ou trenó, há de trazer a todos! VIVA!
Será que C_mim vem junto?
12:04 AM
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