Desde sempre lembro-me viajando em imagens. Primeiro elas fugiram de meu olhar interno e se faziam ver mergulhadas em papel e cores. Depois vieram as palavras e a inspiração dos sonhos, pois foi a realidade que, muitas vezes, trouxe os pesadelos. Em busca de organizar este mundo interior surgiu a Ilha.União de idéias e sonhos, asas que herdei. Apresento-a em pequenos trechos e peço que questionem, perguntem muito para que ela possa tornar-se mais rica e interessante, lugar melhor pra viver.

26.7.06

O dia de um grande homem


CARL GUSTAV JUNG

REFLEXÕES

Do mal, muita coisa boa resultou.
Mantendo-me calmo, nada
reprimindo, permanecendo atento
e aceitando a realidade.

Vendo as coisas como elas são e
não como eu queria que elas fossem.

Ao fazer tudo isso, adquiri um conhecimento incomum,
assim como poderes invulgares,
de uma amplitude que jamais
poderia ter imaginado.

Sempre pensara que quando aceitamos as coisas, elas nos sobrepujam de um modo ou de outro.

Resulta que isso não é verdade
em absoluto.
É somente aceitando as coisas
que podemos assumir uma atitude
em relação a elas.

Por isso, tenciono agora fazer
o jogo da vida, ser receptivo a
tudo que me chegar, bom e mal,
sol e sombra alternando-se eternamente; e desta forma,
aceitar também minha própria natureza, com seus aspectos
positivos e negativos.

Assim, tudo se torna mais vivo
para mim. Que insensato eu fui!
Como me esforcei para forçar
todas as coisas a harmonizarem-se com o que eu pensava que
devia ser...

* * *
Carl Gustav Jung nasceu na Suíça, no dia 26 de julho de 1875 e morreu em 06 de junho de 1961.
Filho de Johann Paul Jung, pastor protestante da igreja reformada e de Emile Preiswerk.
Concluído o curso de medicina, Jung dedicou-se à psiquiatria, como assistente do professor Eugene Bleuler. Interessando-se preponderantemente pela esquizofrenia; tornou-se chefe de clínica do famoso hospital psiquiátrico de Zurique.
Nesta época a teoria de Freud não era aceita no meio científico, estando ciente dos riscos que corre sua carreira e vendo limitações comprometedoras nas teorias de Freud, mesmo assim, toma defesa de Freud em público e torna-se importante colaborador do movimento psicanalítico.
Seus estudos, porém, levam-no a divergir da Psicanálise e a dolorosa ruptura acontece em 1912. Freud sente-se traído. Jung afirma que o inconsciente não é subproduto da consciência nem mero depósito de desejos recalcados e frustrações sexuais, como pensava Freud.

Individuar-se significa fazer o ego (a consciência da superfície) ir ao encontro desse centro. Representa separar-se da massa, do turbilhão inconsciente e adquirir autonomia; tornar-se uma totalidade psicológica, una e centrada, sem divisões internas, autoconsciente: um indivíduo.

Para Jung, o futuro da humanidade dependerá diretamente da quantidade de pessoas que conseguirem se individuar.
Jung se apoiou na Alquimia como filosofia da natureza, viu nela uma ponte tanto para o passado, a gnose, como para o futuro, a moderna psicologia do inconsciente.

O envolvimento de Jung com a Religião e a Alquimia possuía como pano de fundo a busca de analogia com dificuldades especiais da psicoterapia, principalmente quanto à questão da Transferência, surgindo daí os livros, ‘A Psicologia da Transferência’ [1946] e por final a obra ‘Mysterium Coniunctions’ [1955-1956] – com este livro, Jung considerou que finalmente havia atingido o fundo do poço e deu por finalizada sua obra.

Posted by Picasa

9 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Parece que também tenho de começar a ver as coisas deste modo.

Beijinhos.

9:49 AM

 
Blogger C_mim said...

Oi...Não sabia nada sobre Jung... Gostei de saber...

Como anda a saúde e o passarinho beija-flor?

5:14 PM

 
Anonymous Anônimo said...

Sempre quis ler Jung.
Esta reflexão vou guardar pra sempre comigo.
Tantos livros e autores para conhecer...

9:04 PM

 
Anonymous Anônimo said...

Olá Ursa querida.

Dei uma passadinha para saber se está melhor.

Muitos beijinhos.

11:19 AM

 
Blogger 125_azul said...

Pearls amava Jung, eu amo Pearls e assim a Gestalt fica fechadinha e nada escapa! Beijinhos

5:51 PM

 
Blogger Angela said...

Querida Meiguinha, como sempre fiel escudeira. Quem sabe a vida de Jung te ajudaria a sentir-se mais feliz e integrada?
Afinal, depois de muito cansaço e idas a médico e exames, sei que estou com penumonia e agora, medicada adequadamente. Bom repouso e cuidados me farão uma "velhota novinha em folha"! beijos.

12:48 AM

 
Blogger Angela said...

Oi C_mim, há um livrinho simples e pequeno da dra Nise da Silveira que nos dá uma idéia simples e fácil sobre a psicologia de Jung.
Chama-se Jung, Vida e obra. Vale ler, assim como o belíssimo livro que ele ditou "Memórias, sonhos e reflexões". Este eu acho que sua curiosidade intelectual adoraria!
Pedrinho está cada dia mais lindinho, em 20 dias engordou 1.600 quilos mas não está obeso, só bochechudo!
Agora vou melhorar pois o diagnóstico foi feito. Não era só bronquite mas a pneumonia é que me deixava exausta,com suores frios etc...
grata por se preocupar. beijo pra vc.

12:55 AM

 
Blogger Angela said...

Eduardo, acho que ler Jung iria te fazer muito bem! Ele foi muito humano sabe? gente de verdade, sem empolação, próximo, capaz de viver sua sexualidade, explosões de humar e ira, independente de ser também um pensador e homem muito culto.
Leia o livro que recomendei pra C_mim, acima. É lindo!

12:59 AM

 
Blogger Angela said...

Querida azulinha,

"Pearls amava Jung, eu amo Pearls e assim a Gestalt fica fechadinha e nada escapa! "

Só escapam flexas de seu "amor" por todo lado! Tudo centradinho numa gestalt amorosa!

Eu também aprecio muito Pearls e esta dupla dinâmica é sensacional, ainda mais coroada por vc.!

1:02 AM

 

Postar um comentário

<< Home