Histórias para contar às crianças
Butterfly wings by H.PRONTO SOCORRO
Ele era muito pequeno quando viu a mãe jogar-se, prontamente à piscina para salvar o bebê da vizinha que quase se afogara. Daí em diante desenvolveu uma noção muito séria de emergência e prontidão.
Quando no carro do pai, já em idade escolar, sempre que ouvia uma sirene de ambulância lembrava desta cena e, juntando a imagem com o que aprendera no colégio, pedia ao pai:
- “Encoste Papai, deixe o caminho livre! É preciso salvar esta pessoa!”.
O mesmo acontecia em qualquer condução onde estivesse. Algumas vezes, algum adulto retrucava:
- “Vai ver não tem ninguém lá dentro!”.
E, ele, preocupado respondia: - "Alguém pode estar esperando por este socorro!”.
Ficava aflito quando via os carros obstruindo o trânsito, enquanto aquela sirene enchia seu pequeno coração de preocupação e tristeza.
Era o momento em que mais rezava. Pedia à Deus que ajudasse àquela pessoa para que não sofresse e se salvasse e, bem baixinho, conversava com seu Anjo da Guarda e dizia:
- “Eu estou bem! Agora vai ali na frente e abre caminho pra que a ambulância chegue a tempo ao hospital”.
De alguma forma esta pequena oração o acalmava e sentia-se confiante; tudo ia dar certo para o doente.
Já era um homem e levava sua filhinha ao colégio quando um acidente o feriu de leve, mas projetou fora do carro sua criança.
©Copyright ANGELA SCHNOOR
posted by Angela at 19:07
8 Comments:
linda a menina anjo...
5:51 AM
É muito bonito que nos preocupemos
sempre com os outros mas, nesta sociedade em que vivemos, é utópico pensarmos que nos vâo tratar da mesma forma.
E como não acredito em anjos....
Beijinhos.
9:19 AM
Anjos e Angelas. :)
5:20 PM
Meiguinha, esta relação com a vida que tento mostrar não passa por crenças e muito menos por se fazer coisas esperando retorno.
Quando pensamos nos outros é porque pensar neles é como pensar em nós. Não se consegue viver de outra maneira e o caminho floresce pelo simples semear de flores e não porque alguém nos vai trazer um bouquet!
Contando esta história, a idéia é ensinar às crianças a abrir caminhos no trânsito e respeitar aqueles que podem estar precisando de socorro pois um dia poderá ser a nossa vez de precisar que os motoristas se lembrem disso.
11:02 PM
Ursa Mãe espero que não me tenha interpretado mal.
Claro que devemos pensar nos outros sem o intuito de cobrarmos o retorno.
Mas não deixa de ser muito triste estarmos sempre prontos a ajudar(dentro das n/ possibilidades) e quando somos nós a precisar de apoio, não termos quem nos entenda a mão.
Já me tem acontecido muitas vezes mas, um episódio do ano passado ,deixou-me muito em baixo(nossa querida arara sabe como me senti na altura).
Muitos beijinhos.
9:39 AM
Querida Meiguinha,
Não se preocupe. Só tentei explicar por causa desta tua reação automática a qualquer coisa que te pareça religiosa ou algo assim. Por vezes uso muita metáfora e vc. sempre replica. Não sei mas é coisa tua e tens direito a tuas formas de entender a vida.
Quanto às tuas decepções pessoais, gostaria apenas de que vc. se perguntasse: Se vc. tivesse que ajudar no sustento a um mendigo ou a um milionário, a quem faria primeiro?
E você, ao ajudar às pessoas, se comporta como mendigo ou milionário? Talvez aí esteja a razão da falta de apoio de que te queixas. um bj. Ursamãe.
2:56 AM
linda historia...e bem a realidade, devemos sempre ajudar aos outros pois o que fazemos ao proximo recebemos atraves das mãos de Deus as necessidades...bjos..
4:45 PM
obrigada Paulinha,
piscianos tendem a ser misericordiosos. Um abraço.
5:24 PM
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