Marcel Marceau
"A palavra não é necessária para exprimir o que o coração sente"
Bip - a personagem que criou em 1947, inspirada em Charlot - ainda se apresentou, no entanto, em 2005 numa última digressão da «arte do silêncio» pela América Latina.
Marcel Marceau nasceu em Estrasburgo, França, a 22 de Março de 1923, ingressou na escola de arte dramática Charles Dullin, em 1946, onde estabeleceu uma relação especial com o professor Etienne Decroux, e um ano mais tarde criou o personagem Bip, um ser marcado pela sensibilidade e pela poesia que lhe permitiu explorar a sociedade moderna concentrando-se na sua dimensão trágica.
Identificando-se, de início, com a tradição da commedia dell´arte dos séculos XVII e XVIII, estreou-se em 1947 no Thêatre de Poche e fundou a sua companhia teatral em 1948, em Paris, mas apenas em 1951, no Festival de Berlim, conheceu o reconhecimento internacional.
A participação no Festival de Berlim marcou o início de um relacionamento com Bertolt Brecht e o Berliner Ensemble, e também a rodagem dos seus primeiros filmes para a DEFA (Organização cinematográfica da República Democrática Alemã), instituição estatal de Berlim-Leste.
O seu nome de família original era Mangel, mas Marceu alterou o apelido para escapar durante a Segunda Guerra Mundial à perseguição aos judeus pelos nazis, que em 1944 assassinaram o seu pai, deportado no campo de concentração de Auschwitz.
Tornou-se um dos artistas franceses mais conhecidos no mundo, em especial nos Estados Unidos onde o seu movimento da «marcha contra o vento» marcou uma revolução na cena teatral, que inspirou por exemplo «Moonwalk», de Michael Jackson.
No cinema trabalhou com o director Roger Vadim em «Barbarella» (1968) e com Mel Brooks em «A Última Loucura» (1976), duas fitas que ainda contribuíram mais para a sua fama internacional.
Reconhecido pela sua versatilidade teatral, o artista foi nomeado Embaixador da Boa Vontade das Nações Unidas para o Envelhecimento.
A família anunciou hoje o falecimento sem, contudo, revelar as causas, adiantando apenas que será sepultado nos próximos dias no cemitério parisiense Pére Lachaise.
Coletânea a partir de reportagens diversas em 23-09-2007
Ver micro homenagem em www.microargumentos.blogspot.com
Tive a oportunidade de ver Marcel Marceau no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 1997. Fomos com nossas filhas e levamos minha sogra que nunca o tinha visto em cena. Foi uma noite de encanto e prazer, inesquecível!
É tão raro estar em silêncio no mundo de hoje e, gosto especialmente de silêncio pois me remete à sensação de paz. Hoje, ao saber de sua morte me ocorreu um pensamento: O outro lado, seja ele qual for, pelas pessoas que estão indo, está ficando muito interessante!
É tão raro estar em silêncio no mundo de hoje e, gosto especialmente de silêncio pois me remete à sensação de paz. Hoje, ao saber de sua morte me ocorreu um pensamento: O outro lado, seja ele qual for, pelas pessoas que estão indo, está ficando muito interessante!
O francês Marcel Marceau, considerado o maior artista mímico do mundo, falecido neste dia 22 de setembro em Paris aos 84 anos, atuou em Portugal pela última vez em 2003, ano em que anunciou o abandono dos palcos, após mais de 13 mil atuações.
Bip - a personagem que criou em 1947, inspirada em Charlot - ainda se apresentou, no entanto, em 2005 numa última digressão da «arte do silêncio» pela América Latina.
Foi em silêncio que durante quase seis décadas, Marcel Marceau comunicou com o público através dos movimentos corporais, transformando as mãos em pássaros e criando pantominas que se tornaram clássicos, conhecidos em todo o mundo, da Europa ao Japão.
A personagem Bip - com calças às riscas pretas e brancas, colete encarnado e uma rosa vermelha no chapéu - foi inspirada no «vagabundo» criado por Charles Chaplin, um dos seus heróis, a par de Buster Keaton, Harry Landon ou a dupla Laurel e Hardy.
A personagem Bip - com calças às riscas pretas e brancas, colete encarnado e uma rosa vermelha no chapéu - foi inspirada no «vagabundo» criado por Charles Chaplin, um dos seus heróis, a par de Buster Keaton, Harry Landon ou a dupla Laurel e Hardy.
Marcel Marceau nasceu em Estrasburgo, França, a 22 de Março de 1923, ingressou na escola de arte dramática Charles Dullin, em 1946, onde estabeleceu uma relação especial com o professor Etienne Decroux, e um ano mais tarde criou o personagem Bip, um ser marcado pela sensibilidade e pela poesia que lhe permitiu explorar a sociedade moderna concentrando-se na sua dimensão trágica.
Identificando-se, de início, com a tradição da commedia dell´arte dos séculos XVII e XVIII, estreou-se em 1947 no Thêatre de Poche e fundou a sua companhia teatral em 1948, em Paris, mas apenas em 1951, no Festival de Berlim, conheceu o reconhecimento internacional.
A participação no Festival de Berlim marcou o início de um relacionamento com Bertolt Brecht e o Berliner Ensemble, e também a rodagem dos seus primeiros filmes para a DEFA (Organização cinematográfica da República Democrática Alemã), instituição estatal de Berlim-Leste.
O seu nome de família original era Mangel, mas Marceu alterou o apelido para escapar durante a Segunda Guerra Mundial à perseguição aos judeus pelos nazis, que em 1944 assassinaram o seu pai, deportado no campo de concentração de Auschwitz.
Tornou-se um dos artistas franceses mais conhecidos no mundo, em especial nos Estados Unidos onde o seu movimento da «marcha contra o vento» marcou uma revolução na cena teatral, que inspirou por exemplo «Moonwalk», de Michael Jackson.
No cinema trabalhou com o director Roger Vadim em «Barbarella» (1968) e com Mel Brooks em «A Última Loucura» (1976), duas fitas que ainda contribuíram mais para a sua fama internacional.
Reconhecido pela sua versatilidade teatral, o artista foi nomeado Embaixador da Boa Vontade das Nações Unidas para o Envelhecimento.
A família anunciou hoje o falecimento sem, contudo, revelar as causas, adiantando apenas que será sepultado nos próximos dias no cemitério parisiense Pére Lachaise.
Coletânea a partir de reportagens diversas em 23-09-2007
Ver micro homenagem em www.microargumentos.blogspot.com
9 Comments:
Infelizmente não conhecia o artista, mas me deu deu tristeza de nunca ter visto em cena.
1:40 AM
Eduardo
Nada é comparável a tê-lo visto em cana mas, sempre restam os filmes que fez. Veja em http://www.youtube.com/watch?v=zNqskkKMkFQ
dá pra ter uma idéia.
2:33 AM
Uau! ficou "em cana" em vez de "em cena" ! é a canseira...
2:35 AM
O silêncio, com ele, era mais leve, mais colorido, mais comunhão. E só vc para deixá-lo em cana, tadinho.
Sim, o andar de cima está ficando bem interessante...
Beijinho silencioso
4:49 AM
125_azul
Pena você e o Eduardo também, não terem visto o post em Micronarrativas! Queria tanto saber o que acharam... fiz este post mais com a intenção de clarear, para quem não soubesse, a figura do BIP, pois só assim iriam entender o que escrevi no outro blog.
2:25 PM
De novo! Não é em Micronarrativas mas em: www.microargumentos.blogspot.com
2:26 PM
Foi um artista com A grande...era genial
bem recordado
beijocas
7:19 PM
não conheci, quanta coisa temos pra saber!, a vida me parece tão maior... enorme pra ser vivida. adorei a frase que abre o post. já procurei "Barbarella" pra assistir, mas é um dos filmes que nunca acho; adorei o "em cana" também...
bisou
9:08 AM
Mocho falante
Foi sim! dava bem estar à alma vê-lo pois era muito lírico!
Ana m
O mundo de hoje é imenso e pequeno e dá-nos esta percepção do quanto há pra ver e viver e o quanto não damos conta de tudo!
Ah! estava querendo buscar Barbarella pois vi um trecho do You tube e deu vontade de lembrar. Se encontrar vc. o verá!
7:25 PM
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