Innana
Innana*
Por ordem de enki
mais uma vez desço ao abismo.
Noite de eclipse.
Manto de luzes
Vou ao encontro dela
Irmã escura e bela
Possuída pelo fogo
De vulcões extintos.
Mais uma vez,
Meus astros invadem
A tela de seu ódio.
Gotas rubras
Do pranto de almas mortas
Refletem o negro ardor,
Espelho de amarguras.
Escureço-me em suas entranhas
Bebo seu gozo de fel.
Sugada em mó escura,
Feita pó de estrelas
Transmutada no útero
Do eterno nada,
Volto a brilhar!
Guia de homens
Que me sabem céu
Enganosa face
Trono imaginário,
Torre de papel.
escrito em 26/01/2004
6 Comments:
Fiquei sem fôlego. Beijinhos
10:22 AM
125_azul
Esta história é tão intensa quanto bela e a vemos repetida naqueles sers que precisam por vezes, despir-se de tudo para renascer.Bj e carinho.
1:40 PM
Sugada em mó escura,
Feita pó de estrelas
Transmutada no útero
Do eterno nada,
Volto a brilhar!
Fantástico
beijocas
7:29 PM
Mocho falante
Coisas que não se explica: gosto, especialmente, que você goste do que escrevo! simpatia? empatia?
podem ser caranguejices! Obrigada, sim?
7:38 PM
Intensamente sensual.
11:42 PM
dudv
você viu sensualidade onde eu vejo tragédia e dor! interessante...
12:02 AM
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