identidades
Cate Blanchett interpretando Bob Dylan em: I'm not there
Estes dias, quando vi esta foto numa revista, parei!
Estes dias, quando vi esta foto numa revista, parei!
Dentro de mim, uma pessoa que não esta senhora gorducha, muito clara, de olhos azuis e cabelos grisalhos, identificou-se com esta imagem como a embalagem que gostaria, fosse a sua. Não exatamente por isto ou aquilo, mas porque a imagem combina com o que vai dentro deste alguém que se parece tão nórdico.
Não mais tento me explicar coisas, apenas as aceito. Ainda mais neste caso, onde o sentimento é de satisfação, de encaixe, completude.
É claro que gosto de Cate Blanchett como atriz, acho-a uma bela moça mas, é tão colorida como eu. Não é ela. Não é também Bob Dylan pois, se o aprecio, também não o escolheria como modelo. Das fotos que encontrei, outras não serviam, nenhuma teve o mesmo impacto.
Esta, em preto e branco, é perfeita. Fico com ela, com esta embalagem, embora só possa desejá-la na fantasia.
Não, não trocaria o conteúdo. Gosto do que fiz com o que herdei e recebi da vida. Mas esta imagem... vai viver em meus sonhos!
Em tempo: o título do filme é tão precioso não?
É, eu não estou lá! estou aqui, com pés ao chão.
E este poema antigo pode fazer sentido:
DOR
Gotas coloridas pingam notas na música espalhada pelo prato.
Não tenho fome.
O prato desaba como um velho chapéu esquecido a um canto.
E sobra música colorida pela sala.
Quero notas secas.
Quero gotas preto e branco neste pranto surdo!
Angela Schnoor
5 Comments:
Vc tem um retrato a preto e branco (o seu)em que está como eu queria ser, nunca vi nada tão absolutamente belo! Abrindo a janela, talvez entrem notas coloridas...
Beijinhos
4:51 AM
que poema lindo! vou ler de novo. muito bom, vou salvar na pasta do meu computador que tem o teu nome.
quanto ao que disse acima, também me toco com algumas imagens que gostaria me representassem. já cheguei a levar algumas para a analista ver como eu gostaria de ser. tão delicada, olhinhos azuis, cabelo louro bem clarinho. boneca mesmo. bem diferente dos meus cabelos pretos e dos meus traços árabes herdados do meu avô...
mas, como disse, I'm not there. feliz por estar, também, com os pés no chão. vale a vida.
bisou
8:48 AM
"Quando entrar setembro
e a boa nova andar nos campos.
................................
Sol de Primavera,
abre a janela do meu peito
a lição sabemos de cor
só nos resta aprender..."
Beto Guedes, pra você, e beijos.
11:58 AM
Tem tantas imagens que me representam....
4:51 PM
125_azul
Ah! sei, é minha "foto oficial" que
costumo dizer que é a 'falecida' porque não existe mais aquela pessoa. É foto de 1969 eu tinha 25 anos, covardia! Vou exibir aqui, pra vc, especialmente, assim todos irão me lembrar em minha melhor?fase - exterior!:D
Quanto á janela e às notas, o poema é antigo. Da idade, ainda, das angustias... mas continuo amando pretos e brancos e... cinzentos! vc. é linda!
Ana m
Ai, ai, ai! E eu que adoro o estilo árabe de ser! O tipo princesinha fica igual barata descascada ao menor sol,nem imagina, nada como um pigmento!
bem, obrigada pela honra da pasta e tal...
Pitanga!!!
Obrigada!
este mes deveria chamar-se: porque me ufano de Beto Guedes!
No dia 2-09 postei esta letra inteirinha no blog de nossa arara como 'bilhete' de aniversário!
Eduardo
É o que dá ser múltiplo! conta pra nós?
2:49 AM
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