Mercúrio

Demorei mais que o desejado para fazer este post. Em meio ao caminho tive uma surpresa que devo à inexperiência e ingenuidade com os assuntos da Web. Descobri através do Google, muitas referências a meu nome, citando diversos comentários pessoais que fiz nos espaços de amigos, o que, por questões de fôro íntimo, me causou bastante desconforto. Assim sendo, enquanto não consigo mudar o nome pelo qual me identifico no mundo do blogspot, não mais farei comentários em espaço algum. Tenho artigos publicados na Web por opção e concordância e, portanto, não me sinto invadida por ter meu nome profissional revelado nestes casos. Entretanto, na esfera pessoal só agora entendo o porque dos nomes fictícios, de fantasia, que são escolhidos pelos que mantém seus blogs.

Peço desculpas aos amigos e estou certa de que me compreenderão. Ursa Maior.

MERCÚRIO
MITO, SIGNIFICADOS E IMPORTÂNCIA EM NOSSA VIDA.

Filho de Júpiter e de Maia, nasceu em Cilene, monte da Arcádia e era o deus encarregado de levar as mensagens de seu pai.

Seus atributos incluem uma bolsa, sandálias e um capacete ambos com asas, uma varinha de condão e o caduceu, bastão em torno do qual se entrelaçam duas serpentes e cuja parte superior é adornada com asas. Sendo muito rápido e esperto, tornou-se o mensageiro do Olimpo. Quando Prosérpina foi raptada, foi encarregado por Júpiter de resgatá-la dos infernos e, neste caso, conseguiu um difícil acordo com Plutão.
Deus da eloqüência, do comércio, dos viajantes e dos ladrões, é a personificação da inteligência. Correspondia a Hermes na Grécia, deus protetor dos rebanhos, dos viajantes e comerciantes.

As principais qualidades atribuídas a este deus são:

1-extraordinária inteligência e rapidez.
2-embusteiro e ardiloso, recém nascido roubou parte do rebanho guardado por seu irmão Apolo, escondendo o gado em uma caverna. A seguir voltou para o berço, como se nada tivesse acontecido.
3-Inventou a lira e trocou-a com Apolo pelo caduceu e pelo gado que havia roubado.
4- Inventou a siringe (flauta de Pã), em troca da qual Apolo lhe concedeu o dom da adivinhação.
5-A princípio, era invocado como deus dos pastores e protetor dos rebanhos, dos cavalos e animais selvagens; mais tarde, tornou-se deus dos viajantes e, em sua homenagem, foram erguidas estátuas à beira das estradas (hermas) e nas bifurcações dos caminhos eram depositadas oferendas pedindo sua proteção. Esta prática foi assimilada por outras religiões.
6-Posteriormente, tornou-se deus do comércio e dos ladrões.Para proteger as transações entre compradores e vendedores, inventou a balança.
7- Sob o nome de Psicopompo, era ele quem guiava as almas dos heróis ou pessoas importantes até o rio Estige, lugar que ligava o reino dos vivos com o reino dos mortos.
8-Considerado deus da eloqüência e patrono dos esportistas, é representado como um jovem de belo rosto; normalmente nu, vestido com túnica curta. Na cabeça tem um capacete com asas, usa sandálias aladas e traz na mão seu principal símbolo, o caduceu.

Para saber mais sobre o mito de Mercúrio clique aqui e aqui

sobre o elemento químico, clique aqui

Mercúrio, Hermes para os gregos, é nome de um deus romano, de um elemento químico e de um planeta que têm em comum a rapidez e a agilidade.

Quando respiramos, falamos ou gesticulamos, nos movemos, trocamos informações e valores, estamos usando atributos próprios de Mercúrio que, simbolicamente, é o mensageiro da vida e da consciência.

Apenas as coisas mortas são imóveis, estáticas, imutáveis e rígidas. Quando inspiramos pela primeira vez, comungamos com o sopro da vida de todos os seres do planeta.
Nesta primeira troca com o universo, iniciamos nossa trajetória que implicará em constante movimento sob várias formas e direções até que, ao exalar pela última vez, deixamos nossa derradeira contribuição ao ar que todos respiram.
Daí haverá cada vez mais silêncio, rigidez, resfriamento e isolamento enquanto mergulhamos na imobilidade da morte.

Portanto, vida é movimento, troca, comunicação, respiração, atividade, mudança e entendimento.

Quando os termômetros domésticos, com que as mães mediam a temperatura de suas crianças quebravam, as crianças desavisadas do perigo, costumavam brincar com as bolinhas de mercúrio que se espalhavam pelo chão. Era muito engraçado ver o azougue (outro apelido de mercúrio e das crianças levadas) correr de um lado para o outro e, se as pequenas partículas logo se uniam formando uma bolinha maior, ao primeiro aperto logo voltava a se espalhar em mil pequenas esferas prateadas e brilhantes.

Quem teve a oportunidade de ter esta experiência sabe bem das qualidades de mercúrio: rapidez, mobilidade, agilidade, impossibilidade de estar fixo e preso. Permanência quando deixado em liberdade, solto e leve, expansivo no calor e inibido no frio.

Assim são as pessoas chamadas mercurianas, as que não param quietas, rápidas, adaptáveis e impossíveis de se manter em uma única forma, mutáveis e, por isso mesmo, sempre jovens e alegres, livres e leves.

Como tudo na vida tem ao menos dois lados, Mercúrio tanto no mito como na química e nas manifestações simbólicas, também tem uma face negativa. Para que fique bem claro, vejamos um caso por vez:

o pensamento, o intelecto, as palavras e a comunicação, tanto podem nos ajudar na compreensão como podem nos confundir, falsear, enganar e driblar.

Mercúrio, a prata líquida, tem o poder de reunir sem se envolver ou misturar-se a outros elementos mas, também pode intoxicar e envenenar o organismo. Os antigos odontólogos que o utilisavam nas obturações dentárias conhecem bem de perto esta faceta perigosa para a saúde.

O mesmo orador que nos esclarece e ensina pode nos enganar com sua lábia, qualidade bem visível em vendedores de rua, advogados e políticos sem escrúpulos.

Comunicar o que sentimos e pensamos é uma qualidade que contribui para uma vida mais feliz e saudável. Entretanto, pensar e falar em demasia, sem limites ou ponderação, não só faz mal aos nervos, como prejudica as relações com os demais.

A troca, preceito bastante mercuriano, o equilíbrio entre ouvir e falar, expressar e ponderar, facilita o entendimento e a autoconsciência. Mercúrio nos ensina as bases da democracia e da multiplicidade de percepções.

Na ordem planetária, Mercúrio é o astro mais próximo do Sol. Em seu rápido movimento no espaço, ele está ora à frente do Sol, ora atrás desta estrela que representa a consciência e a vitalidade.
Não se pode olhar o Sol de frente, sob pena de nos cegarmos e é então que Mercúrio, como seu mensageiro, traz as informações à nossa consciência.

A palavra, a compreensão, as trocas podem trazer informações que nos levam à luz da consciência assim como podem nos desviar da claridade sobre nossas vidas e sobre nós mesmos com muitas mentiras e embustes.

Uma das observações interessantes que podemos fazer a nosso respeito, é ver em que posição Mercúrio se encontrava no momento de nosso nascimento. A partir daí, podemos saber, por exemplo, se o que falamos ou comunicamos passa primeiro por nossa experiência de vida ou se falamos teóricamente de algo que só iremos experimentar depois.

Porém, não se deve esquecer que o mapa astrológico de uma pessoa é como o mapa de uma cidade. Ele existe para orientar melhor nosso percurso no caminho do auto-conhecimento e de uma vida mais rica pela realização plena de nosso potencial.

E, da mesma forma que, se dermos um mesmo mapa de uma cidade para várias pessoas, cada uma delas terá experiências as mais diversas e terá feito as viagens mais exclusivas e pessoais sobre o mesmo território. Assim é com os mapas de nascimento. Cada um é único na experiência de vida de seu mapa astrológico, e ele será um veículo para não nos perdermos em nossa trajetória.

Na Grécia, na Acaia, havia um templo dedicado ao deus Hermes (Mercúrio, para os romanos) que funcionava como oráculo, mas era diferente do conhecido Oráculo de Delfos, consagrado a Apolo pois, lá não havia uma pitonisa para interpretar a mensagem do deus.

Quando alguém queria fazer alguma consulta a Hermes, entrava no templo, entregava a sua oferenda e ia até a estátua do deus. Fazia uma pergunta baixinho, junto ao ouvido dele e, em seguida, tampava os ouvidos.
Saía do templo e, no meio da rua, destampava os ouvidos. A primeira coisa que ouvisse era a resposta de Hermes à sua pergunta, porque “a voz do povo era a voz do deus”.

Se estivermos confusos sobre alguma questão, ainda hoje, podemos usar este oráculo. Certamente podemos ter alguma resposta interessante mas, creio que isto se dá porque estamos integrados em uma totalidade maior que já foi nomeada por muitos e que Jung chamou de Inconsciente Coletivo.

Temos uma bússola interna que nos guia, um termômetro que nos encaminha à nossa harmonia e totalidade, um Eu maior que nos habita e que é mais sábio do que nosso pequeno eu consciente. Experimente.

A FRASE DO DIA:
"Pense como um homem sábio mas saiba comunicar-se em linguagem simples."
William Butler Yeats