Desde sempre lembro-me viajando em imagens. Primeiro elas fugiram de meu olhar interno e se faziam ver mergulhadas em papel e cores. Depois vieram as palavras e a inspiração dos sonhos, pois foi a realidade que, muitas vezes, trouxe os pesadelos. Em busca de organizar este mundo interior surgiu a Ilha.União de idéias e sonhos, asas que herdei. Apresento-a em pequenos trechos e peço que questionem, perguntem muito para que ela possa tornar-se mais rica e interessante, lugar melhor pra viver.

18.12.08

Sai fora, aqui mando eu!

Juan - estilingue - imagem da web




Acordei aborrecida comigo mesma. Senti que estava permitindo que o invasor ocupasse meu território. É isto: percebi que meu corpo é meu território e este ser que mora nele e através dele se expressa e que chamo de eu, deveria comandá-lo. Recebemos nosso corpo de nossos pais e ganhamos qualidades que vêm vindo ao longo de gerações, umas bastante interessantes, outras que nem gostamos, fora as que desconhecemos por muito tempo. Ao longo da vida, em contato com outros "territórios", amigos e nem tanto, vamos tomando consciência de nossas fronteiras e limites. Podemos ter lagoas, rios ou mares e podemos ser ilhas em meio ao oceano. Podemos ter montanhas e verdes ou campos desertos. Há pessoas que são apenas construções humanas, e, como as grandes cidades, parecem feitas de concreto, metal e vidro; vivem um trânsito constante, barulho e muito agito. Tantos são os tipos e feitios como os territórios que conhecemos. Será que algumas se parecem com o espaço sideral?
Bem, seja como for, não quero relaxar e deixar que os vírus e as dores, as doenças e a sujeira invadam meu território impunemente. Dei um "chega pra lá" na dor e botei as defesas nas ruas pra deixar bem quietos, num cantinho, estes caras que acharam que poderiam me derrubar. Nem pensar! Ainda não. Afinal, sou ou não responsável por este meu espaço físico, por esta vida que se expressa via este corpo que agora cismou de doer e de corroer minhas forças?
Acabou, pode ser que a batalha ainda demore um pouco mas a minha vontade de vencer é grande e a percepção de que só depende de mim me faz mais forte. Que assim como eu, aqueles que estão se deixando ocupar por invasores, criem barreiras, agitem a vontade e o direito de lutar por seu bem estar e vitalidade. E que todos possam contar com exércitos desconhecidos que moram nos confins deste nosso eu que aprecia viver. Bons ventos nos levem!

Em 18-12-2008

6 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Gostei muito desta crônica. Seguirei os conselhos.

5:12 PM

 
Blogger Angela said...

Dudu Oliva
não são conselhos dudv, é experiência própria mas pode valer para outras pessoas, assim espero.

6:00 PM

 
Blogger Carlos Vinagre said...

Convido a visitar:

www.kronospoesis.blogspot.com ;
www.pos-contemporaneidade.blogspot

4:41 PM

 
Blogger Mocho Falante said...

Vim deixar-te uma beijoca de Natal e logo fiquei preso neste texto.

Tudo de bom

9:57 AM

 
Blogger Angela said...

Obrigada querido Mocho!
Vou até teu poiso te cumprimentar.

6:06 PM

 
Anonymous Anônimo said...

Por vezes também meto o corpo no bolso e deixo-o repousar.


Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO

12:30 PM

 

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