RESSACA
Trago em meu dentro
um mar de águas não choradas.
Tempos de monstros e tubarões.
Sereias enganosas,
espinhos sobre a pele.
Arranhos de areia e sal,
tingem de vermelhos
as lágrimas de Oceano.
Panos e muros rotos,
vidros que se quebram,
rochas que fraturam,
deixam transbordar
a imensa fragilidade,
guardada pelo tempo
das batalhas.
Escrito em 27/08/1999
3 Comments:
Fala de sentimentos profundos com muito bom gosto. Acho isto muito difícil de fazer, escrever sobre sentimentos e não cair na pieguice. O poema está pintado,parabéns.
6:43 PM
Tão lindo e doloroso que até arranha a alma! Beijinhos
7:06 AM
Dudu
para descrever sentimentos de forma piegas deve ser preciso ser piegas, não te parece?
Obrigada por estar aí, sempre no apoio e com carinho!
Querida 125_azul
Há coisas que arranham, de fato, ferem o que não é palpável. Passa mas as marcas ficam. beijo carinhoso.
1:26 AM
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